29.11.09

A CASA E O ESPÓLIO ENCANTADOS DE GABRIELA LLANSOL

A edição do Expresso deste fim-de-semana inclui, no suplemento «Actual», uma longa «reportagem» de António Guerreiro (com fotografias de Duarte Belo) sobre o que foi a última casa de Maria Gabriela Llansol, o que é hoje o Espaço Llansol e o espólio que continuamos a tratar e a disponibilizar.


O texto de António Guerreiro dá conta do que é esse imenso espólio, do que foi a vida de escrita e a muito particular escrita da vida de Llansol, reconstituindo-a desde o exílio na Bélgica até ao regresso a Portugal, para se fixar em Sintra, e à criação do Espaço LLansol em fins de 2006.


No mesmo suplemento, e ainda pela mão de António Guerreiro, pode ler-se a primeira recensão crítica do primeiro volume do Livro de Horas, que lançámos durante as Primeiras Jornadas Llansolianas de Sintra, em 3 e 4 de Outubro passado, e na qual se pode ler:


«... desengane-se quem, atraído por vulgares solicitações diarísticas, espera encontrar neste volume uma escrita diferente daquela dos livros da autora, que fosse voltada para um registo banal do quotidiano. Tudo isso está lá, mas não de maneira substancialmente diferente daquela a que os seus livros nos habituaram. Percebemos agora, melhor do que nunca, que a escritora viveu sempre na dimensão daquilo que escreveu, e por isso a sua escrita diarística contempla também um enorme grau de hospitalidade para as figuras e personagens dos seus livros.»

26.11.09

LLANSOL NA COLÓQUIO-LETRAS



O último número da revista Colóquio-Letras, o primeiro da nova série dirigida por Nuno Júdice (depois de dois números dedicados a Eduardo Lourenço), inclui um núcleo significativo de textos diarísticos e ensaios sobre o género – para além de muitas reproduções do «Diário com Perdiz», da pintora Graça Morais –, entre os quais algumas páginas de um dos diários inéditos de Maria Gabriela Llansol, datado de 1981. Como se lê no texto de apresentação de João Barrento («Entre o murmúrio e o ouvido. Llansol: o diário interminável»), os textos que aqui se dão a conhecer, «como centenas de outros não acolhidos nos Diários éditos, fornecem uma amostra de alguns dos temas que com mais frequência ocupam LLansol na sua escrita diária, centrada em matérias como 'o humano, o vegetal, o aéreo do mundo', mas também a própria escrita, o exílio e o processo de 'sobreimpressão' da língua para aí levada na paisagem do Brabante, o trabalho do sonho (muito frequente nos cadernos, até ao fim da vida), a literatura portuguesa contemporânea ou a gestação dos próprios livros da Autora».

19.11.09

PRÉMIOS DE POESIA E FICÇÃO PARA «LLANSOLIANOS»

Dois escritores muito próximos de Maria Gabriela Llansol ou da sua escrita vão receber no próximo dia 24 (às 18.30 horas, na Sociedade Portuguesa de Autores, Rua Gonçalves Crespo, em Lisboa) os Prémios de poesia e de ficção do PEN Clube Português referentes ao ano de 2008.


Manuel Gusmão, que por mais de uma vez escreveu sobre Llansol, recebe o prémio pelo livro de poesia A Terceira Mão (Caminho).

Maria Velho da Costa viu distinguido o seu romance Myra (Assírio & Alvim), onde se convoca expressamente Amar Um Cão. Mais informação sobre a entrega dos Prémios PEN de 2008 aqui.

18.11.09


LLANSOL E O NEO-BARROCO

O último número da revista online ABRIL, do Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africana da Universidade Federal Fluminense, de Niterói, Rio de Janeiro,


dedicado ao tema «Estética (neo)barroca e crise do sujeito», inclui dois artigos que situam a Obra de M. G. Llansol nas encruzilhadas do Barroco:
– Aderaldo Ferreira de Sousa Filho, «A menor distância entre dois pontos...”» sobre o conceito de dobra enquanto componente da visão de mundo e da técnica de escrita em Maria Gabriela Llansol
(http://www.uff.br/revistaabril/revista-03/002_aderaldo%20ferreira.pdf)
e
– Jane Rodrigues dos Santos , O (neo)barroco no fulgor da escrita
de Contos do Mal Errante
(http://www.uff.br/revistaabril/revista-03/006_jane%20dos%20santos.pdf)

De Llansol se fala ainda no ensaio de João Barrento «A nova desordem narrativa: Sujeito, tempo e discurso acentrados no romance de mulheres em Portugal»
(http://www.uff.br/revistaabril/revista-03/008_joao%20barrento.pdf)

13.11.09


Mais uma dissertação de Mestrado, orientada na Universidade Federal de Minas Gerais pela Profª Lúcia Castello Branco:

Erick Gontijo da Costa
Curso de silêncio: Maria Gabriela Llansol e a escrita das imagens curativas (2009)

Do mesmo autor pode ler-se em linha o artigo «Escrever, dosar o amor», aqui.