26.11.09

LLANSOL NA COLÓQUIO-LETRAS



O último número da revista Colóquio-Letras, o primeiro da nova série dirigida por Nuno Júdice (depois de dois números dedicados a Eduardo Lourenço), inclui um núcleo significativo de textos diarísticos e ensaios sobre o género – para além de muitas reproduções do «Diário com Perdiz», da pintora Graça Morais –, entre os quais algumas páginas de um dos diários inéditos de Maria Gabriela Llansol, datado de 1981. Como se lê no texto de apresentação de João Barrento («Entre o murmúrio e o ouvido. Llansol: o diário interminável»), os textos que aqui se dão a conhecer, «como centenas de outros não acolhidos nos Diários éditos, fornecem uma amostra de alguns dos temas que com mais frequência ocupam LLansol na sua escrita diária, centrada em matérias como 'o humano, o vegetal, o aéreo do mundo', mas também a própria escrita, o exílio e o processo de 'sobreimpressão' da língua para aí levada na paisagem do Brabante, o trabalho do sonho (muito frequente nos cadernos, até ao fim da vida), a literatura portuguesa contemporânea ou a gestação dos próprios livros da Autora».