27.3.20

Silêncio da pandemia

 UM »CURSO DE SILÊNCIO» PARA A CRISE

O video que se segue, e que recupera textos do grande livro da perda e da sua superação, Amigo e Amiga. Curso de silêncio de 2004, pode ser mais um contributo para atravessar, com Maria Gabriela Llansol, o exílio forçado no «jardim da ausência», a paradoxal «epidemia do tédio», como lhe chama hoje António Guerreiro na sua coluna do Público. Recorrendo ao olhar interior, ao silêncio que fala, à percepção de mundos outros, ínfimos, próximos, que nos levem a esquecer o grande desastre do mundo. Poderá ser, com tantas outras «actividades práticas do silêncio», e à medida das circunstâncias que nos oprimem os corpos, um outro Curso de Silêncio.


20.3.20

Hölder-250 anos

HÖLDER, 250 ANOS DEPOIS

Friedrich Hölderlin – em Llansol também Hölder, ou simplesmente Hold –, figura central da sua escrita entre os anos oitenta e noventa, e até Onde Vais, Drama-Poesia?, de 2000, faria hoje 250 anos. Nasceu na pequena localidade de Lauffen, na região vinícola das margens do rio Neckar, na Suábia, na casa onde hoje se encontra o Museu Hölderlin.
O vale do Neckar

Entrada do Museu Hölderlin, em Lauffen, com a silhueta do poeta

Assinalamos a data com alguns excertos inéditos extraídos dos cadernos de Maria Gabriela Llansol, e um dos poemas por ela traduzidos e publicados no livro-carta Diotima, da Colares Editora (1994). Um outro livro-carta acolheria, em 1993, parte da sua escrita em torno do poeta: Hölder, de Hölderlin.
[Clique nas imagens para poder ler melhor os textos]



3.3.20

Nos 12 anos...

DOZE ANOS DEPOIS DA PARTIDA...

...continua, Maria Gabriela, a vibração do Texto. E as imagens não cessam de vir, pelo perfume aéreo do ramo da árvore da vida, da escrita, de todos os seus prolongamentos.

2.3.20

Rothko

«NÃO DAREI UM PASSO À MARGEM DO FULGOR...»
Llansol e Mark Rothko


No próximo sábado, dia 14 de Março, pelas 17 horas, assistiremos a mais um «encontro im-provável»: entre Llansol e o pintor russo-americano Mark Rothko. O percurso de ambos tem paralelos, como mostrarão o video que passaremos e o caderno que estará disponível nesse dia.
Rothko dizia: «Um quadro vive em comunidade, abrindo-se ao olhar sensível do observador, para assim ganhar nova vida com ele.» E Llansol responde: «Não são precisas palavras. A tua vida interior descerá à vida desconhecida. É quanto basta». Rothko exclama: «O silêncio é tão perfeito...» E a resposta de Llansol: «Uma dádiva muito grande que se faz ao texto do outro: construir-lhe silêncio à volta».
Destes e de outros ecos, de duas vozes em consonância se falará na tarde de 14 de Março, com comentários de Maria Etelvina Santos e João Barrento, a partir da projecção do video que traça paralelos entre estes dois cultores de enigmas luminosos, em três momentos: «Tao, ou o Caminho», «Satori, ou a Iluminação», «Mu, ou o Vazio».