15.9.11

NOVOS LIVROS NAS JORNADAS LLANSOLIANAS

Dois novos livros serão lançados nas Terceiras Jornadas Llansolianas, em 24 e 25 de Setembro:

Europa em Sobreimpressão - Llansol e as dobras da História
(Assírio & Alvim / Espaço LLansiol)

documenta exaustivamente, com ensaios, textos de M. G. Llansol (em grande parte inéditos) e muita iconografia, a exposição que esteve patente entre Março e Abril no CCB, em Lisboa. Do texto de Llansol que abre este volume que ficará certamente como um marco importante na bibliografia llansoliana, extraímos um parágrafo de inegável actualidade:
A transparência e o absoluto não são lugares para o homem. Era preciso dar-lhe o toque para que se lançasse na grande viagem a que todos aspiravam. O grande êxodo da liberdade de consciência. Eu sempre soube que a razão não serve para ver. Esse, o equívoco da nossa aliança que transformou a liberdade de consciência em conquista, que fez de cada ponto de apoio no território uma fronteira a delimitar espaços de exploração; cada diferença que encontrava, uma exclusão. E o mundo tornou-se como a razão o escreveu: veloz, exponencial, crítico, memória acumulada de despossessão. […] Em dois séculos, deu ao homem o maior abanão de que há memória. Fê-lo sair da crença. Mas, com as extraordinárias resistências que se acumularam nesse confronto, nem a razão sabe agora o caminho para diante, nem a crença poderá jamais abrir o caminho de retorno…

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Llansol: A liberdade da alma
(Mariposa Azual)

reune todas as intervenções das Segundas Jornadas Llansolianas de Sintra, uma secção de textos inéditos de Llansol sobre a problemática do livro e das Jornadas de 2010, e um caderno que reproduz e transcreve alguns dos papéis avulsos que estiveram patentes nessas Jornadas, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra. O texto de abertura esclarece:
Este volume reune as intervenções e outros materiais das Segundas Jornadas Llansolianas de Sintra (Centro Cultural Olga Cadaval, 25 e 26 de Setembro de 2010), centradas na problemática da alma e dos jogos da sua liberdade, a partir de O Jogo da Liberdade da Alma e da grande entrevista «O Espaço Edénico», entretanto editados em francês e italiano. Trata -se, na Obra de Maria Gabriela Llansol, de uma perspectiva não metafísica e não religiosa da alma, uma realidade que, nesta Obra, se alimenta da filosofia de Spinoza e remete, desde o início e com as mais diversas nomeações, para o corpo de afectos, a libido e o mútuo enquanto suportes, modos e vias de uma forma particular de «conversação espiritual», de «uma espécie de luz que vem da cena interior». Para Llansol, a liberdade da alma provém da «experiência estética da alma», o seu jogo é um «jogo de vida».

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