O LIVRO DE HORAS I NA COLÓQUIO-LETRAS
O último número da revista Colóquio-Letrras (o 175, Setembro-Dezembro 2010), inclui uma longa, minuciosa e muito atenta nota crítica de Isabel Cristina Mateus, professora e investigadora da Universidade do Minho, sobre o primeiro dos «Livros de Horas», Uma Data em Cada Mão, saído o ano passado na Assírio & Alvim.
A autora, que faz uma excelente leitura contextualizadora dos diários inéditos de Llansol, escreve, por exemplo:
«Aparentemente, Uma Data em Cada Mão não vem acrescentar nada de substancialmente novo ao projecto de escrita llansoliano construído (ou melhor, em construção) ao longo dos cerca de trinta volumes publicados em vida da escritora... [...] E, no entanto, Uma Data em Cada Mão vem trazer tudo de novo àquilo que já conhecíamos desse projecto: um olhar diferente, mais próximo, mais íntimo, sobre este universo, uma porta entreaberta a cujo limiar assoma, com mais nitidez do que nunca, uma figura desenhando com a mão um gesto que nos convida a entrar.»
E, a concluir, lemos ainda:
«... Comentário a uma observação (provocadora) do diário: 'Os bons escritores fazem os maus diários. Aceito fazer um mau diário' (p. 61). Não é certo que estejamos perante um 'mau diário'; mas estamos, seguramente, perante uma 'grande escritora.»
A autora, que faz uma excelente leitura contextualizadora dos diários inéditos de Llansol, escreve, por exemplo:
«Aparentemente, Uma Data em Cada Mão não vem acrescentar nada de substancialmente novo ao projecto de escrita llansoliano construído (ou melhor, em construção) ao longo dos cerca de trinta volumes publicados em vida da escritora... [...] E, no entanto, Uma Data em Cada Mão vem trazer tudo de novo àquilo que já conhecíamos desse projecto: um olhar diferente, mais próximo, mais íntimo, sobre este universo, uma porta entreaberta a cujo limiar assoma, com mais nitidez do que nunca, uma figura desenhando com a mão um gesto que nos convida a entrar.»
E, a concluir, lemos ainda:
«... Comentário a uma observação (provocadora) do diário: 'Os bons escritores fazem os maus diários. Aceito fazer um mau diário' (p. 61). Não é certo que estejamos perante um 'mau diário'; mas estamos, seguramente, perante uma 'grande escritora.»