ONDE É QUE JÁ SE VIU UM DISPARATE DESTES?
A revista Os Meus Livros, dirigida pelo senhor João Morales, que se apresenta com a «carteira profissional de jornalista nº 3480» (!), resolveu tratar no seu número de Março casos de escritores com obra póstuma, e traz uma capa de péssimo gosto, cheia de pequenas cabeças de autores mortos. A ingenuidade e a ignorância em relação ao que pode verdadeiramente ser «actual», levam o/a jornalista – que não sabemos quem seja, nem isso altera em nada o dislate – a destacar na referida capa a peregrina ideia (ideia??) de que «apesar de falecidos», alguns desses escritores «dominam as atenções do mundo dos livros» (um mundo em que seria bem melhor que alguns jornalistas nunca entrassem)
Nada disto seria merecedor da nossa atenção se nessa mesma capa, como legenda de uma das cabeças candidatas à «glória póstuma», não aparecesse o nome de «ISABEL Llansol»!!
Mas o disparate e a inexplicável e inadmissível confusão não se ficam por aqui: continuam e ampliam-se nas páginas 42 e 43, onde – precisamente nos destaques e na fotografia (aqui por duas vezes!) – se insiste em chamar «Isabel» e «Maria Isabel» a quem sempre se chamou Maria Gabriela, e que é realmente a autora do primeiro volume dos diários póstumos Uma Data em Cada Mão, saído o ano passado. A única vez que Llansol merece o seu verdadeiro nome no meio desta salganhada é no corpo do texto – honra seja feita a quem, finalmente e por uma vez, mostrou saber (e saberá??) do que fala e de quem está a falar.
É mais uma vez o lamentável espelho de um «jornalismo literário» que não existe, de uma burrice inexplicável e absurda, precisamente em relação a um nome que, na plena e dupla acepção do termo, é único na literatura portuguesa.
Nada disto seria merecedor da nossa atenção se nessa mesma capa, como legenda de uma das cabeças candidatas à «glória póstuma», não aparecesse o nome de «ISABEL Llansol»!!
Mas o disparate e a inexplicável e inadmissível confusão não se ficam por aqui: continuam e ampliam-se nas páginas 42 e 43, onde – precisamente nos destaques e na fotografia (aqui por duas vezes!) – se insiste em chamar «Isabel» e «Maria Isabel» a quem sempre se chamou Maria Gabriela, e que é realmente a autora do primeiro volume dos diários póstumos Uma Data em Cada Mão, saído o ano passado. A única vez que Llansol merece o seu verdadeiro nome no meio desta salganhada é no corpo do texto – honra seja feita a quem, finalmente e por uma vez, mostrou saber (e saberá??) do que fala e de quem está a falar.
É mais uma vez o lamentável espelho de um «jornalismo literário» que não existe, de uma burrice inexplicável e absurda, precisamente em relação a um nome que, na plena e dupla acepção do termo, é único na literatura portuguesa.