31.7.20

Pausa e regresso

COM O REGRESSO NO HORIZONTE...

A casa está expectante e ávida de vida, dentro e fora. Nós também, todos aqueles que nos últimos anos a animámos com a nossa presença, a nossa voz, o noso empenho.
O mês que aí vem é tradicionalmente de pausa. Mas regressaremos em Setembro para retomar e reinventar o percurso feito até aqui, no espírito do Texto que nos alimenta, e com a presença de todos os que até agora nos têm acompanhado pelos caminhos do universo Llansol – e como sempre abertos a todos os que a nós se queiram juntar. Porque a casa, como antevia já a Maria Gabriela em 1999, tem «um futuro que a arrasta», e andará sempre «à procura do futuro de uma nova imagem».

16.7.20

Llansol e Ilda David'

LLANSOL E ILDA DAVID' DE NOVO JUNTAS

No próximo sábado, dia 25, pelas 18 horas, abre na Quinta do Pisão (entre Cascais e Sintra, na estrada N9-1, perto do resort da Penha Longa – ver localização no seguinte link:
https://www.google.pt/maps/place/Quinta+do+Pis%C3%A3o/@38.758819,-9.4192314,15z/data=!4m5!3m4!1s0x0:0xd4f497418efc070d!8m2!3d38.758819!4d-9.419231)
uma exposição de Land Art em que estará presente, entre outros artistas, uma peça de Ilda David' inspirada uma vez mais numa passagem de Lisboaleipzig, para cuja segunda edição a artista já fez uma série de xilogravuras em 2014.
 
A peça traz o título «Almoço no campo» e é descrita assim na apresentação da exposição:
Ilda David', que é pintora, trabalhou a partir das suas memórias de infância para construir um cenário de um Almoço no Campo. Mas não apenas estas memórias: a partir de um trecho do livro de Maria Gabriela Llansol, Lisboaleipzig, captou a descrição de um almoço imaginado por Aossê (Fernando Pessoa) para o qual se levaria um farnel, e haveria jogos e representações... Ilda David' transporta para um espaço de passagem na Quinta do Pisão a linguagem poética de Llansol através da apresentação de pinturas dispostas como duplos da própria paisagem

Na página de Llansol que descreve o almoço nas margens do rio Elster, em Leipzig, pode ler-se:
... Aossê conseguiu convencer J. S. Bach de que, por bondade e por amizade para com o poeta, aceita a sugestão do almoço num prado, à beira do Elster, que, numa das suas manhãs, / viu chegar três carros de bois, / carregados com uma família humana, barulhenta e perturbadora.
Depois reparou, quando se aproximaram perto da sua margem, que se tratava de Anna [Magdalena Bach] e da sua família – e as suas águas brilharam de contentamento. [...]
– Tudo é água — disse-lhe o Elster.
– Tudo é imagem – respondeu-lhe Aossê, e sentou-se com os pés na água, maravilhado por não haver maravilha alguma.

Talvez seja um pretexto para quebrarmos o confinamento e nos vermos em plena natureza!