16.10.07

LIVRO DE ASAS PARA LLANSOL




Acaba de sair, na Editora da Universidade Federal de Minas Gerais, o Livro de Asas para Maria Gabriela Llansol, um volume que reune, em 280 páginas, pela mão de Lúcia Castello Branco e Vania Baeta Andrade, os textos apresentados e enviados ao primeiro Colóquio sobre a Obra de Maria Gabriela Llansol, que teve lugar no teatro barroco de Sabará, uma cidade histórica nos arredores de Belo Horizonte, em Dezembro de 2002.
É uma vintena de contributos, de legentes brasileiros e portugueses, sobre os mais diversos livros e temas do universo llansoliano, transportados por oito "Asas", que correspondem aos vários momentos do Encontro: Asa do texto: lugar que viaja; Asa dos legentes: o mundo figural; Asa dos legentes: a textualidade; Asa dos absolutamente sós; Asa dos reais-não-existentes; Asa dos textuantes; Asa de cenas fulgor; Asa do lugar.
Foi, como se diz na «Abertura», «um primeiro colóquio de leituras-escritas em torno da Obra, sopradas ao vento por diversas artes: a poesia, a música, o canto, a dança, a fotografia, o bordado, a jardinagem e as artes plásticas.»
Sob o signo do lema, tão llansoliano, «Este é o jardim que o pensamento permite» se fez este primeiro Colóquio, a que outros dois se seguiriam, organizados em Portugal pelo antepassado próximo deste Espaço Llansol, o GELL-Grupo de Estudos Llansolianos: o da Arrábida, em Setembro de 2003, e o de Mourilhe, em Julho de 2005 (deste último editámos uma caixa-livro,
Vivos no Meio do Vivo, a que já nos referimos aqui).
Em todos esses encontros, como ainda escrevem as organizadoras, «estivemos na clareira: sempre entre as árvores, os troncos, as folhas, os ramos e os jardins. Afinal, o pacto da legência admite, já de início, além do inconforto, que a árvore é um livro a distribuir suas folhas pelos ramos.
É na textualidade de um livro cujas folhas retornam à matéria primeira do papel — a árvore — que este livro se compõe. E, porque as folhas e os ramos também voam — reunindo os legentes daqui, do Brasil, aos de lá, de Portugal, e a outros ainda, de lugares longínquos, do passado, e de lugares futurantes, ainda por vir —, este livro se quer um
livro de asas