11.2.19

DOIS ESCRITORES RAROS NO ESPAÇO LLANSOL

Nunca se encontraram. Provavelmente não se leram. E no entanto há na escrita dos dois muita coisa em comum – na atitude perante o mundo, nos temas que os alimentam, e também nos modos de usar a língua, a contrapelo de toda a nossa tradição, a poética e a ficcional. Une-os ainda um exílio forçado por uma guerra que, nos anos sessenta, levaria Llansol para a Bélgica e Fernando Echevarría para Paris e Argel.
É destes dois que falamos, de Maria Gabriela Llansol e do poeta Fernando Echevarría, autores que poremos em paralelo na próxima sessão da Casa de Julho e Agosto, no sábado 23 de Fevereiro, pelas 16 horas, com a colaboração da Profª Maria João Reynaud (Faculdade de Letras do Porto), que, mais que ninguém neste país, tem escrito sobre a obra deste poeta raro, discreto e profundo.
Ouviremos gravações de poemas de Echevarría, e também a voz de M. G. Llansol, falando sobre o que, nos encontros que com ela tivemos em 2006, designou de «Círculo do Humano». E teremos, como quase sempre acontece, um caderno que documenta temas paralelos nos dois autores, e inclui textos de João Barrento e Maria João Reynaud.