4.1.17


AS LINHAS DO MUNDO DE LLANSOL

O trabalho permanente no espólio de Maria Gabriela Llansol reserva-nos constantemente surpresas e descobertas. Como a de ontem, num texto (aqui reproduzido em parte) escrito para o catálogo da Europália de Bruxelas, dedicada a Portugal em 1991. O texto acompanha nessa publicação desenhos de Julião Sarmento (muitos deles estão na edição de O Raio Sobre o Lápis, que saiu nessa ocasião em livro de artista), e o poema de Hölderlin referido é «Os carvalhos», de que aqui damos uma tradução de João Barrento. Dois anos mais tarde sairia esse pequeno e intenso livro-carta de Llansol que é Hölder, de Hölderlin, e logo a seguir a recolha de poemas intitulada Diotima, em versão de Maria Clara Salgueiro, id est Maria Gabriela Llansol.
O texto, transcrito sobre imagens desses anos no pinhal de Colares, remete para as deambulações de Llansol nessa época, entre a casa de Toki Alai e a Praia das Maçãs ou o Mucifal, e mostra-a entre os caminhos do sentir e do pensar, buscando encontrar o corpo de afectos, o pensamento em corpo, e as linhas do mundo por onde se derrama a sua escrita.
A página de abertura do texto da Europália/1991