3.9.14

«O IMPÉRIO DOS FRAGMENTOS»
VI Jornadas Llansolianas de Sintra

Setembro é mês de Jornadas em Sintra. Uma vez mais as deste ano estão em andamento e com o programa praticamente fechado (ver adiante). Em 27 e 28 de Setembro estaremos num novo lugar em Sintra, o pólo de actividades culturais conhecido por «Vila Alda», perto do Centro Cultural Olga Cadaval e do MUSA, o museu de arte recentemente reaberto (clique no mapa para aumentar).

Aproveitando a saída de mais um Livro de Horas, desta feita dedicado à escrita mais fragmentária de M. G. Llansol – os quase mil papéis avulsos do espólio –, dedicamos estas Jornadas à temática do fragmento em Llansol. Assim:
 O espectro de abordagens será amplo, e nalguns casos inesperado, com forte participação proveniente de áreas que não a literatura e a crítica, como já vem sendo hábito nos nossos Encontros anuais: as artes plásticas (com duas exposições: instalação e desenho, de Teresa Projecto e Catarina Domingues), o cinema (com Clamor, um filme em duas partes, de Tomás Mais e Rita Roberto, belo exercício e funda reflexão sobre fragmentos de espaço, de tempo, de luz, de corpos; um video do jovem cineasta brasileiro Lucas Parente feito a partir de um papel avulso de Llansol, e de um lugar fundador da sua infância, o Jardim da Estrela em Lisboa), a música, numa abordagem original da prosa de Llansol com ecos estruturais da música atonal, pela pianista Gilda Oswaldo Cruz.
Para além de alguns nomes conhecidos do nosso meio literário e universitário, como o escritor Gonçalo M. Tavares, abrimos este ano as Jornadas a vários participantes novos, investigadores doutorandos e recém-doutorados das áreas da Literatura, das Belas-Artes e do Cinema.
Aqui fica o programa na sua forma actual:


Como também é hábito, Setembro é mês de novos livros. Apresentaremos nestas Jornadas duas novas publicações: o Livro de Horas IV (A Palavra Imediata: Os papéis avulsos de Llansol, edição Assírio & Alvim, comentado no dia 27 por Isabel Santiago, professora de Filosofia); e mais um volume, o oitavo, da colecção «Rio da escrita» (editora Mariposa Azual), que documenta as Jornadas de 2013, dedicadas aos diversos caminhos da «tradução» de e por Llansol: Trans-dizer- Llansol tradutora, traduzida, transcriada. Aí encontraremos uma grande diversidade de intervenções sobre os modos de traduzir de Llansol, e dos tradutores que passaram livros seus para espanhol, francês, alemão e inglês, dos artistas que, «trans-criando» (na pintura, na colagem, na gravura, na música, no cinema), reinventam a sua obra, e ainda um primeiro levantamento sistemático das transições entre escrita e desenho nos cadernos de Llansol, com uma ampla documentação de muitos desses desenhos.
 
Bem-vindos às Sextas Jornadas Llansolianas de Sintra e ao universo dos fragmentos!