LLANSOL E ILDA DAVID' DE NOVO JUNTAS
No próximo sábado, dia 25, pelas 18 horas, abre na Quinta do Pisão (entre Cascais e Sintra, na estrada N9-1, perto do resort da Penha Longa – ver localização no seguinte link:
https://www.google.pt/maps/place/Quinta+do+Pis%C3%A3o/@38.758819,-9.4192314,15z/data=!4m5!3m4!1s0x0:0xd4f497418efc070d!8m2!3d38.758819!4d-9.419231)
uma exposição de Land Art em que estará presente, entre outros artistas, uma peça de Ilda David' inspirada uma vez mais numa passagem de Lisboaleipzig, para cuja segunda edição a artista já fez uma série de xilogravuras em 2014.
uma exposição de Land Art em que estará presente, entre outros artistas, uma peça de Ilda David' inspirada uma vez mais numa passagem de Lisboaleipzig, para cuja segunda edição a artista já fez uma série de xilogravuras em 2014.
A peça traz o título «Almoço no campo» e é descrita assim na apresentação da exposição:
Ilda David', que é pintora,
trabalhou a partir das suas memórias de infância para construir um cenário de
um Almoço no Campo. Mas não apenas estas memórias: a partir de um trecho do
livro de Maria Gabriela Llansol, Lisboaleipzig, captou a descrição de um almoço
imaginado por Aossê (Fernando Pessoa) para o qual se levaria um farnel, e
haveria jogos e representações... Ilda David' transporta para um espaço de
passagem na Quinta do Pisão a linguagem poética de Llansol através da
apresentação de pinturas dispostas como duplos da própria paisagem.
Na página de Llansol que descreve o almoço nas margens do rio Elster, em Leipzig, pode ler-se:
... Aossê conseguiu convencer J. S. Bach de que, por bondade e por amizade para com o poeta, aceita a sugestão do almoço num prado, à beira do Elster, que, numa das suas manhãs, / viu chegar três carros de bois, / carregados com uma família humana, barulhenta e perturbadora.
Depois reparou, quando se aproximaram perto da sua margem, que se tratava de Anna [Magdalena Bach] e da sua família – e as suas águas brilharam de contentamento. [...]
– Tudo é água — disse-lhe o Elster.
– Tudo é imagem – respondeu-lhe Aossê, e sentou-se com os pés na água, maravilhado por não haver maravilha alguma.
Talvez seja um pretexto para quebrarmos o confinamento e nos vermos em plena natureza!