25.8.07

Para o Eduardo, um beijo de Témia
























"Qualquer leitor pode bater à porta e entrar. O que o aguarda é apenas a serenidade e a justeza das coisas evidentes: pão, água, o convívio com as plantas e os animais, alguma luz mesmo de noite, alguma noite no corpo da própria luz. E o amor como partilha do mais difícil."

Eduardo Prado Coelho, in Público, 11 Junho 1991





________________ O caderno do pão (Outubro de 1992)





















Olho ___ e é como se estivesse já escrito. Está, de facto, já escrito _______________________ a escrita antecipada abre-me o olhar. O que sucedeu hoje, com Témia __ figura de rapariguinha muito jovem que me enviou num bilhete postal o Ed[uardo] Prado Coelho ao ler "Um Beijo Dado [Mais] Tarde".
Dirijo-me a ela, vendo-a sobre a cómoda, e sorrio. Tudo aconteceu espontaneamente quando o meu olhar desceu das flores para ela.
O quarto já estava escrito às três horas da tarde. É assim que eu me rodeio dele - e me sento à mesa
Para comer
a sensação plena do pão do mundo
que me invade