A MELODIA DAS COISAS:
RILKE E(M) LLANSOL
No sábado, 14 de Setembro, pelas 16h, retomamos as nossas actividades públicas com uma sessão sobre a presença do poeta Rainer Maria Rilke na escrita de Maria Gabriela Llansol, desde os primeiros anos do exílio belga. E associamos o perfil de Rilke em Llansol (que também traduziu os seus poemas franceses: vd. Frutos e Apontamentos, Relógio d'Água, 1996) à terceira edição portuguesa, acabada de sair, de um fascinante «ensaio» (melhor, conjunto de fragmentos) do poeta, que evidencia de forma muito clara reveladores paralelos com Llansol: as Notas sobre a Melodia das Coisas (de 1898, agora na Editora Alambique), que propõe, como Maria Gabriela, uma leitura do mundo em sobreimpressão, em dobra e a contrapelo dos olhares mais correntes sobre as coisas – que, olhando-as, não as vêem, incapazes que são de ver e compreender essa grande melodia que explica também a noção do Aberto da Oitava Elegia de Duíno, que Maria Gabriela Llansol tanto admira e tanta vez comenta.