28.10.13

LLANSOL «POETA» 
NA EMISSÃO DE FRANCE CULTURE

A conhecidoa e muito ouvida estação de rádio «France culture» transmitiu hoje um excerto de O Jogo da Liberdade da Alma de M. G. Llansol, na tradução francesa de Cristina de Melo, editada por Pagine d'Arte em 2009. E continuará a transmitir excertos de Llansol durante toda esta semana, lidos por actores da Comédie Française.
Pode aceder à página de France Culture aqui:
http://www.franceculture.fr/emission-poeme-du-jour-avec-la-comedie-francaise-le-jeu-de-la-liberte-de-l’ame-15-2013-10-28

ou ouvir directamente à gravação de hoje aqui:


26.10.13

A «LETRA E» EM NOVEMBRO E DEZEMBRO

A «Letra E» do Espaço Llansol reabre em Novembro (no sábado, dia 16), com a apresentação, na íntegra, do filme A Mulher dos Cinco Elefantes, que não houve oportunidade de mostrar nas Jornadas de Sintra. Trata-se de uma história humana que transcende em muito o tema da tradução, que esteve no centro destas Jornadas. A história de uma mulher que passou meia vida a traduzir os cinco grandes romances de Dostoievski «a contrapêlo»: da sua língua-mãe (o russo) para a sua língua de adopção (o alemão).
Em Dezembro (no sábado, dia 14) faremos uma experiência de leitura única, que reconstituirá o modo muito particular como nasce um livro de Maria Gabriela Llansol. Neste caso, Causa Amante, ao longo de um ano e meio de escrita nos cadernos manuscritos, entrecortada por outros livros e, como sempre, pela vivência quotidiana. Os fragmentos dos cadernos que iremos ler, enquadrados por comentários que explicitam o processo de génese do livro e mostrados em projecção na sua forma original, foram incluídos no último Livro de Horas que editámos, onde aparecem dispersos, entre Janeiro de 1979 e Junho de 1980.





20.10.13

«TRANS-DIZER»
BALANÇO DAS V JORNADAS LLANSOLIANAS

A Sala da Nau, no Palácio Valenças em Sintra, está pronta para receber os participantes e o público. Os primeiros vêm desta vez dos mais diversos lugares – para além deste país em crise contínua e sem fim à vista, também de Espanha e França, da Alemanha, da Áustria e dos Estados Unidos; e os leitores de Llansol, já conhecidos e desconhecidos, foram este ano mais do que nunca. A grande feira do livro llansoliano, que organizámos pela primeira vez com todas as edições disponíveis, de e sobre Llansol, com a preciosa ajuda da Helena Alves e da Cândida Pargana, esperava por todos. Pequenos grupos conversam, travam conhecimento, preparam os trabalhos dos dois dias de Jornadas. É sábado de manhã, mas a sala enche-se, o ambiente aquece, o encontro pode começar.


Primeira mesa. Manhã de sábado.
Maria Etelvina Santos abre as Jornadas, dá as boas-vindas em nome do Espaço Llansol e apresenta os oradores, em especial a nossa convidada, Profª Ângela Lacerda Nobre, presença assídua desde as nossas primeiras Jornadas, em 2009, e leitora fiel de Llansol. A sua intervenção cruza várias disciplinas e vias possíveis de acesso a um texto como o de Llansol, centradas numa visão holística e numa filosofia prática de inspiração espinosiana, com duas referências maiores: Mikhail Bakhtin (o dialogismo e a heteroglossia) e Michel Henry (e a sua fenomenologia dos afectos).
Antes de Ângela Nobre, João Barrento introduziu o tema das Jornadas na sua tripla perspectiva, glosando amplamente a frase de Maria Gabriela Llansol «O espírito da tradução é o espírito do encontro». Do encontro e também do desencontro produtivo que gera uma terceira coisa – no diálogo com as figuras do seu próprio texto, com os poetas traduzidos e com as linguagens específicas das várias artes que têm transmutado o seu texto em outros idiomas estéticos. Nesta dialéctica de encontro-desencontro, todas as «traduções» e «trans-dicções» do e no texto de Llansol geram objectos a um tempo dependentes e autónomos, nessa zona intermédia e bi-polar a que ela chama o «entresser».
João Barrento lembrou ainda o élan actual de traduções de livros de M. G. Llansol para várias línguas, como bem testemunharam estas Jornadas. A tradução é um factor essencial de inserção de um autor num contexto de «literatura mundial», quase natural num caso como o de M. G. Llansol e dos seus livros, em nada «paroquiais» ou destinados a consumo local e leituras redutoras. Muito pelo contrário, trata-se de uma autora iminentemente universal. Também por isso faz sentido o nosso investimento dos últimos anos, a par da edição nacional, da manutenção da chama viva do seu texto e da divulgação do seu espólio, na expansão da «sobrevida» da sua Obra em outras línguas. E os tradutores, que umas vezes nós próprios incentivamos, e outras vêm ter connosco, são os actantes principais deste projecto. Estiveram nestas Jornadas, a nosso convite, seis tradutores para línguas diversas, o castelhano e o catalão, o francês, o alemão e, pela primeira vez, o inglês. Deste encontro (e já antes dele) nasceram novos projectos que irão tornar ainda mais conhecida e lida a Obra de Maria Gabriela Llansol nos próximos anos. Por exemplo, a primeira tradução para o catalão, a sair em breve, a edição alargada em língua espanhola para a América Latina, por uma interessante editora de Caracas, a Bid & Co (www.bidandco.net), que tem no seu catálogo autores tão especiais como Januchiro Tanizaki, Wislawa Szymborska, Tomas Tranströmer, Akhmatova, Duras ou Musil, e que irá levar Llansol à Venezuela, Argentina e Colômbia. Depois, a difusão, sob a forma original de um «Almanaque Llansol», desta escrita e deste universo, na Áustria e na Alemanha. E finalmente a primeira tradução e edição de um livro de M. G. Llansol nos Estados Unidos, O Livro das Comunidades, que sairá numa editora de Nova Iorque em cujo programa, raro e exigente, Llansol se insere perfeitamente (a Ugly Duckling Presse: www.uglyducklingpresse.org). E há ainda dois livros novos a sair em francês na editora Pagine d'Arte, o Inquérito às Quatro Confidências (já em Novembro) e Onde Vais, Drama-Poesia?, em 2014.
Eis todo um programa para o próximo futuro, que anuncia um novo ciclo e confirma o apelo universal deste Texto. Só por si, isto justifica o tema destas V Jornadas e a presença entre nós de alguns dos tradutores e legentes fiéis de Maria Gabriela Llansol.


A mesa de sábado à tarde – «'A cor e a grafia do A de Rimbaud' - Llansol traduz?» – constituiu um momento vivo de regresso a um sector da Obra de M. G. Llansol ainda muito pouco abordado e aprofundado: as suas «traduções», em particular as de poetas de língua francesa da Modernidade, de Baudelaire a Éluard e Apollinaire. O poeta Nuno Júdice, a Professora Paula Mendes Coelho e Érica Zíngano (doutoranda que investiga este tema no Espaço Llansol) destacaram em especial a prática desviante, de excesso e assimiladora à escrita própria, das versões de Llansol, quer no que respeita à linguagem, quer no gesto único de trazer os próprios poetas traduzidos ao universo figural da sua escrita, como lemos numa anotação de um papel avulso: «Traduzindo – os autores já se tornaram figuras, e eu traduzo como se eles fossem figuras» (Avulso nº 469r).


Os livros novos.
Três livros, três vozes diferentes para os apresentar. O terceiro dos «Livros de Horas», os diários inéditos de Maria Gabriela Llansol com o título Numerosas Linhas, foi ampla e entusiasticamente comentado por Paula Morão (da Faculdade de Letras de Lisboa), leitora e crítica de Llansol desde os anos da primeira trilogia; Paula Cristina Costa (da Universidade Nova de Lisboa) passou em revista os contributos das Jornadas de 2012, reunidos no livro Pessoa e Bach na Casa de Llansol (sétimo volume da colecção «Rio da Escrita», da editora Mariposa Azual); e Ilse Pollack, respondendo a algumas perguntas da moderadora Helena Vieira, esclareceu a ideia, o nascimento progressivo e a concretização dessa original publicação em língua alemã com o título Territorium der Randständigen. Ein Llansol-Almanach ['Nós Herdámos as Margens'. Um almanaque Llansol] o primeiro almanaque com textos extraídos de dezassete livros de M. G. Llansol e muitas fotografias, desenhos, páginas manuscritas, saídas em grande parte do espólio.


O filme A Mulher dos Cinco Elefantes foi visionado apenas em parte, por falta de tempo para o apresentar na íntegra e discutir. Passará para uma das próximas sessões da «Letra E» do Espaço Llansol, já em Novembro.


A manhã de domingo, subordinada ao lema llansoliano «Uma só língua tem falta de palavras», foi um tempo animado a várias vozes e idiomas, com os depoimentos dos seis tradutores presentes sobre o que significa traduzir Llansol para as respectivas línguas: o castelhano e o catalão (Mario Grande e Mercedes Cuesta), o francês (Cristina Isabel de Melo), o alemão (Markus Sahr e Ilse Pollack) e o inglês (Audrey Young). E em seguida discutiram-se, a partir de um texto inédito de M. G. Llansol, as dificuldades, mas também as descobertas, o prazer, as grandezas e misérias desta arte das passagens que é a tradução. Sempre com o entusiasmo de quem lê e traduz Llansol não apenas por dever de ofício, mas sobretudo por prazer e (já) vício...


Da arte da tradução passámos aos «Fios sinestésisos» das diversas artes da «trans-dicção» do texto de Llansol para outras práticas: o desenho, a pintura, a colagem (com Ilda David' e Pedro Proença), a música (com João Madureira), o cinema (com Daniel Ribeiro Duarte). Tivémos este ano oportunidade de ver duas séries de trabalhos de Pedro Proença a partir da Obra de Maria Gabriela Llansol (uma de colagens, outra de desenhos) e de ouvir Ilda David' falar sobre o seu convívio com a Maria Gabriela e o trabalho em curso, uma série de imagens que acompanharão a nova edição de Lisboaleipzig, prevista para 2014, na Assírio & Alvim; vimos alguns planos de filmes do Daniel, que, tal como João Madureira para a música, clarificou os caminhos que levam de um ou mais textos de Llansol às linguagens do cinema ou dos sons.


«Les petits dessins font du plaisir aux lettres» (Caderno 1.01, 85):
A finalizar a série de intervenções da tarde, João Barrento explorou, pela palavra e pela imagem, um terreno ainda virgem dos cadernos de M. G. Llansol: o das passagens múltiplas e surpreendentes entre texto e desenho, caligrafia e figuração, nesses manuscritos, mostrando muitos exemplos que configuram uma possível tipologia dos desenhos de Llansol, que, curiosamente, por mais de uma vez insiste em que não sabe desenhar (mas sabe «qual é a carne da cor e da imagem»). Essa tipologia, que os muitos desenhos vistos evidenciam, vai do petit dessin, apontamento, remate, vinheta, ao desenho proliferante, de página inteira, do desenho que traduz um pensamento («Diminutivos do meu pensamento...», escreve Llansol) às séries de várias páginas nascidas em situações de espera e atenção distraída (reuniões, discussões, encontros), das pequenas narrativas ilustradas aos desenhos irónicos e paródicos, das figurações «construtivistas» ao desenho gestual expressionista e à linha pura.


A tarde encerrou-se com a leitura de poemas traduzidos/transcriados por Maria Gabriela Llansol, escolhidos da Obra de poetas modernos de língua francesa, de Baudelaire e Rimbaud a Verlaine e Rilke, de Pierre Louÿs a Apollinaire e Éluard. Num espectro que deixou ouvir versões mais tradicionais e consensuais e chegou a recriações pessoais e transmutações paródicas de poemas clássicos destes autores, trazendo-os até à mais gritante actualidade. As vozes alternantes da leitura foram as do actor Luís Lucas e da escritora Hélia Correia.


E a noite correu, na «Letra E» do Espaço Llansol, ao sabor da «Ascensão de dez gostos à boca», com o buffet de encerramento nascido do engenho e da arte da Helena Vieira, que nos deliciou com a ementa que se pode ver. O ambiente era de festa, o espírito era o do verdadeiro encontro e da troca, da tradução de afectos em iguarias e vice-versa, como naquela outra festa que Llansol celebra em Um Beijo Dado Mais Tarde, de onde a Maria Etelvina leu passagens como estas:
... Foi um jantar rigoroso, em que o paladar trocava o amor com os alimentos, em que os convivas, abrindo-se ao prazer da boca e do olhar, rememoraram e tornaram presentes as pessoas, nos acontecimentos de ouro de suas vidas (...)
Eu via, no desenrolar dessa ceia, a manifestação dos bens da terra. O conhecimento que traz abundância, a ponto de tornar generosos os homens. O prazer do Amante e a alegria de viver não podiam faltar a um tal festim.
E, na realidade, assim foi...

Para confirmar tudo isto, veja aqui o filme destas Jornadas:





19.10.13

AO LUGAR DE HERBAIS
NO DOC LISBOA


O filme de Daniel Ribeiro Duarte Ao Lugar de Herbais, apresentado nas Jornadas Llansolianas de Sintra em 2012, foi seleccionado para o Doc Lisboa 2013, e passará nos cinemas São Jorge/Sala Manoel de Oliveira (em 25 de Outubro ás 18.30 h) e  City Alvalade/Sala 3 (em 27 de Outubro às 16 h), com a presença do realizador.
O filme documenta, a partir da casa de Sintra onde se encontra o espólio fotográfico, de escrita e de objectos de M. G. Llansol, o lugar de Herbais, na Bélgica, onde, por entre outros livros, se inicia a relação escritural de Llansol com a figura de F. Pessoa/Aossê, que duraria 15 anos, até à publicação de Lisboaleipzig, em 1994.

18.10.13

LISBOALEIPZIG
LIVRO DO MÊS

O Boletim da Portugiesisch-Hanseatische Gesellschaft Hamburg (Associação Luso-Hanseática de Hamburgo) elegeu como livro do ano do mês de Agosto a edição alemã de Lisboaleipzig, publicada em 2012 na editora Leipziger Literaturverlag em tradução de Markus Sahr. 


A recensão, assinada por Peter Koj, antigo professor da Escola Alemã de Lisboa e Presidente daquela Associação, destaca a originalidade do triângulo figural que sustenta o livro – Aossê, Bach e Baruch Spinoza – e escreve: «Os encontros entre estas três figuras não assumem forma romanesca, desenrolando-se antes a um nível mental e emocional a que o leitor tem de ascender. Como a autora deste 'romance-ensaio' sugere, o leitor terá de 'ajustar-se ao pacto de leitura que os meus livros supõem'. E ao fazê-lo abre-se-lhe um mundo maravilhoso e fabuloso, marcado pela empatia, a justiça social e espiritualidade (não religiosa)».

7.10.13

LLANSOL EM REPORTAGEM 
NO PROGRAMA «AGORA»

Deixamos aqui (com as nosso pedido de compreensão pela qualidade deste "filme do filme") a reportagem sobre Llansol, o seu espólio, o último «Livro de Horas» e as próximas Jornadas de Sintra, que passou ontem no programa «Agora» da RTP2.


6.10.13

AS JORNADAS LLANSOLIANAS
EM ANDAMENTO

O video abaixo mostra-lhe um pouco dos bastidores da preparação das Quintas Jornadas Llansolianas de Sintra, em pleno andamento.


E hoje à noite - voltamos a lembrar - pode ver uma reportagem sobre o Espaço Llansol, a escrita de Maria Gabriela Llansol e as Jornadas deste ano no programa AGORA do canal 2 da televisão, às 22 horas.

5.10.13

LLANSOL E AS JORNADAS DE SINTRA
NO «AGORA»


Amanhã, domingo 6 de Outubro, Maria Gabriela Llansol, o Espaço Llansol e as próximas Jornadas Llansolianas de Sintra serão objecto de reportagem no magazine cultural AGORA, da RTP2, a partir das 22 horas.

2.10.13

NOVOS LIVROS 
NAS JORNADAS LLANSOLIANAS

No dia 12 de Outubro à tarde apresentaremos, no âmbito das V Jornadas Llansolianas de Sintra, três novos livros: o terceiro volume dos «Livros de Horas», Numerosas Linhas, cobrindo o período de 1979-1980 nos cadernos manuscritos de M. G. Llansol, em Jodoigne e já Herbais, época de grande intensidade de escrita, com três livros nascendo em paralelo, como se pode ler no prefácio de João Barrento e Maria Etelvina Santos:
Este terceiro volume do Livro de Horas cobre um terreno de múltiplas convergências, passagens, derivas e tonalidades literárias e de experiência.  Situado cronologicamente entre o último ano da «casa de Julho e Agosto», a de Jodoigne, e os primeiros meses do «cativeiro de Herbais», ele assinala, para Llansol, várias mudanças significativas; o fim do trabalho nas escolas e na cooperativa de produção (a Escola da Rua de Namur, em Lovaina, e a Ferme Jacob, em Louvain-la-Neuve), a abertura a um tempo que haveria de ser só de escrita, a conclusão da primeira trilogia (com Na Casa de Julho e Agosto) e a entrada na matéria, em grande parte nova, da segunda, com Causa Amante e a busca ainda incerta do que se seguiria. As «numerosas linhas» que aqui se abrem permitem acompanhar três livros em fases de conclusão ou gestação simultâneas. Muito do que não entrou nesses livros — Na Casa de Julho e Agosto, Causa Amante e Da Sebe ao Ser — pode ler-se aqui, esboçado com a intenção de encontrar o seu lugar em livros que nunca apareceriam com os títulos que aqui recebem: «O Nascimento de Ana de Peñalosa» (para Causa Amante), «Numerosas Linhas» e «Com João» (que iriam desaguar em Da Sebe ao Ser). 
Este livro será apresentadom pela Professora Paula Morão, da Faculdade de Letras de Lisboa.


Um segundo livro: o sétimo volume da colecção «Rio da Escrita», editada desde 2008 na Mariposa Azual, desta vez documentando as Jornadas de 2012, dedicadas a «Pessoa e Bach na Casa de Llansol». Do «Pórtico», destacamos: Foi uma recapitulação o que nos propusémos fazer nas Quartas Jornadas Llansolianas de Sintra, que este volume documenta, essencialmente no que aos textos diz respeito. Os seus muitos intervenientes, «llansolianos» e «pessoanos» de Portugal e do Brasil, e de várias áreas artísticas – o cinema e a performance, a pintura e a música –, permitiram re-capitular, voltar a percorrer e a ler, capítulo a capítulo, a longa e fabulosa história da relação de M. G. Llansol com as figuras de Pessoa/Aossê e J. S. Bach, tendo como pano de fundo toda a plêiade de outras figuras e figurações que compõem esta paisagem singular da Obra da Autora: Spinoza e Infausta, Anna Magdalena e Elizabeth, o cão Jade e a Rapariga que temia a impostura da língua, Trimúrti, El Stejo e Cabo Espichel
A Professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas  da UNL, Paula Cristina Costa, apresentará este novo volume da «Rio da Escrita». Helena Vieira, editora da Mariposa Azual, modera a conversa.



Finalmente, uma publicação única e de grande originalidade, engendrada e construída por uma grande amiga, e leitora intensa de Llansol nos últimos anos, a austríaca Ilse Pollack, grande conhecedora das literaturas de língua portuguesa, a quem demos toda a colaboração necessária. O resultado foi um «Almanaque Llansol» em alemão, uma agenda perpétua com textos da Maria Gabriela para cada dia do ano e muitas ilustrações provenientes do arquivo do Espaço Llansol, de fotografias pessoais e de obras de alguns artistas portugueses. Uma beleza de livro, que contribuirá certamente para tornar mais conhecida a obra de Llansol no espaço de língua alemã. A editora é a Berlin Press (de Berlim, como o nome indica). Ilse Pollack estará nas Jornadas à conversa com João Barrento para apresentar esta sua originalíssima ideia, que tem em alemão o título Territorium der Randständigen, (adaptação livre do «Nós herdámos as margens», que encontramos em Causa Amante).



Estes, e todos os livros actualmente disponíveis de e sobre Llansol, em português e em línguas estrangeiras, editados em Portugal, no Brasil, em França, na Suíça, em Espanha, na Alemanha, estarão à venda na Grande Feira do Livro Llansoliano que organizámos para as Jornadas deste ano no Palácio Valenças. Teremos também nesta Feira todos os números disponíveis da série «Jade-Cadernos Llansolianos», todos os «Cadernos da Letra E», bem como cadernos de escrita, postais, marcadores e lápis com motivos do espólio de Llansol.

1.10.13

LLANSOL E JORGE DE SENA

O site «Ler Jorge de Sena», dirigido pela Profª Gilda Santos, conhecida seniana da da Universidade Federal do Rio de Janeiro, publica no seu último número um artigo de Tatiana Pequeno, professora daquela Universidade e doutorada com uma tese sobre M. G. Llansol («Um canto humano de animal em consonância com a terra prometida»: Aspectos políticos da Obra de Maria Gabriela Llansol, UFRJ, 2011), no qual se analisa e comenta o lugar de Jorge de Sena (enquanto tal e como figura com o nome de Jorge Anés) na obra de Llansol. 
A figura de Jorge Anés, que já conhecíamos de livros como Causa Amante (cf. pp. 88, 94-103), reaparece no Livro de Horas 3 (Numerosas Linhas), que será lançado daqui a dias nas V Jornadas Llansolianas de Sintra. Nessas páginas deste novo Livro de Horas se completa a narrativa do «nascimento e suplício de Jorge Anés num auto de fé» e da sua «identificação a Camões» (pp. 53-54, 57).  
Reproduzimos também neste novo diário inédito de Llansol as páginas de Inquisição e Cristãos Novos, de António José Saraiva, em cujas margens a autora escreve um longo fragmento que intituta «O jardim de Jorge Anés» (pp. 72-73):


O texto completo de Tatiana Pequeno pode ler-se clicando na legenda da imagem abaixo.
Ler Jorge de Sena